Gaza – PIC. Na noite de terça-feira, o alto funcionário do Hamas, Mousa Abu Marzouk, declarou que seria difícil para o Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovar a proposta, apoiada pelos Estados Unidos, de desdobrar uma força internacional em Gaza.
Em declarações à imprensa, Abu Marzouk revelou que os mediadores insistiram para que a criação dessa força fosse autorizada por meio de uma resolução do Conselho de Segurança da ONU. No entanto, observou que nem os Estados Unidos nem Israel estão dispostos a vê-la estabelecida sob a égide da ONU.
Ele enfatizou que o Hamas “não pode aceitar nenhuma força militar que atue como substituto do exército de ocupação israelense em Gaza”, rejeitando qualquer plano que prolongue ou disfarce a ocupação sob cobertura internacional.
Abu Marzouk também informou que o Hamas documentou mais de 190 violações do cessar-fogo por parte de Israel desde a entrada em vigor da trégua, em 11 de outubro.
Ele destacou ainda que há um consenso palestino de que qualquer força de segurança ou estabilidade que opere em Gaza deve ser liderada por palestinos e estar sob a autoridade do comitê administrativo da Faixa.
Enquanto isso, a agência de notícias norte-americana Axios informou que Washington circulou um rascunho de resolução entre os membros do Conselho de Segurança da ONU, propondo a criação de uma força internacional em Gaza por pelo menos dois anos.
Segundo o relatório, a proposta concederia aos Estados Unidos e aos países participantes ampla autoridade para governar Gaza e manter a segurança até o final de 2027, com possibilidade de prorrogação.
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